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Mostrando postagens de junho, 2012

O mandato pertence ao eleito? Que bobagem...

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que concede mais tempo da propaganda eleitoral no rádio e na TV para o PSD, refundado pelo prefeito (ex-DEM-PSDB, agora PSD), é um desserviço do Judiciário à democracia, pois está a afirmar que o mandato pertence ao eleito e não ao partido, o que é uma grande bobagem. Pela lei o horário eleitoral é dividido em três partes: 1/3 é repartido igualitariamente entre todos os partidos e os outros 2/3 rateados de acordo com o tamanho da bancada eleita na Câmara dos Deputados. O correto é que o s atuais 47 deputados federais do PSD não foram eleitos pela sigla, que não existia em 2010 por ela não tinha direito a mais recursos do fundo partidário e a mais tempo de propaganda na mídia eletrônica, mas os Ministros interpretaram diferentemente...  O fato novo é que "suas excelências" contrariaram a deliberação anterior do próprio STF que firmou o principio da fidelidade partidária absoluta. O ex-Deputado Zé Dirceu no seu blog afirma que &qu

SOBRE OS “SALÁRIOS” DOS VEREADORES.

“Existem duas opções na vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca.” (Darcy Ribeiro) Os vereadores não recebem salários e sim subsídios .   A Constituição Federal de 1988, no artigo 29, V, outorga competência às próprias câmaras municipais para fixar o subsídio de seus vereadores. E há quem diga que o mandato não pode ser gratuito e a fixação de remuneração deve obedecer aos limites da Constituição. O subsídio não pode ser vinculado a receita de impostos e a despesa com vereadores não pode ultrapassar 5% da receita do município, essa é a regra. Os vereadores de Campinas que sob a presidência de Pedro Serafim estabeleceram um aumento de 126% em seus subsídios, além de contarem com uma verba importante para despesas de seus gabinetes. Os vereadores sofreram reprovação popular e convocaram uma sessão extraordinária para votar aumento de “apenas” 48%. A sessão que elevaria os subsídios de R$ 7,2 mil para R$ 10,5 mil ocorreu dia 27/6 (dia do jogo do Co

vulnerabilidade externa e Direito

Quando falamos em vulnerabilidade externa temos que fazer uma necessária reflexão sobre o contexto Histórico em que ela deve ser compreendidas, bem como é importante que não se perca de vista que o mundo e a sociedade vivem sob orientação de um sistema econômico denominado capitalismo, sistema sustentado ideologicamente por um Direito que busca proteger o modo de produção e a lógica capitalista. Um sistema que segundo Zygmunt Bauman para além de qualquer dúvida “não pode ser coerente e completo”, pois se é coerente com seus princípios, surgem problemas que não é capaz de enfrentar. E ele cita como exemplo a “aventura das hipotecas subprime, vencidas à opinião pública como forma de solucionar o problema dos sem-teto, esta praga que, como todos sabem, o capitalismo produz sistematicamente, acabou, ao contrário, multiplicando o número de pessoas se casa, com epidemia de retomada de imóveis. Se ele tenta resolver esses problemas, não pode fazê-lo sem cair na incoerência em relação a s

How the USA Shapes the world. Paraguay is an example?

Kenneth Sandelin um amigo finlandês que vive em Molndal na Suécia com sua família deu-me de presente um livro cujo titulo é “The State of the American Empire – How the USA shapes the world” o livro procura mostrar como essa nação imperial e colonialista ocupa espaços e defende seus interesses por todo o mundo. É inegável que os EUA deixam a sua marca em todo o mundo, através da força militar, do poder econômico, também da força de suas ideias e da sua peculiar cultura de consumo. É possível falarmos de um Império? Penso que sim, pois hoje os EUA são a única nação cuja influência é verdadeiramente global. Essa afirmação não implica necessariamente que a conquista territorial (característica regra direta de impérios passados ​​ , como os dos romanos, otomanos, e Britisth) esteja presente hoje, mas é uma construção necessária para compreensão do papel multifacetado dos Estados Unidos na formação e transformação do mundo contemporâneo. Muitos cidadãos americanos relutam em ace

Paraguai um golpe ou o 1o. golpe?

Por que os EUA foram o primeiro pais a reconhecer o novo governo Paraguaio?  Talvez porque o neocolonialismo decadente esteja faminto pelo controle direto ou indireto das riquezas do século 21 (petróleo, terras, água doce, biodiversidade) e ter um membro do MERCOSUL e da UNASUR  alinhado a Washington, portanto, traz grandes vantagens potenciais a interesses políticos, econômicos, diplomáticos e militares estadunidenses.  E em tempos de crise n ão é pouco o que Washington pode obter: um parceiro dentro do Mercosul, o bloco econômico que se fortaleceu com o enterro da ALCA — a Área de Livre Comércio das Américas, de inspiração neoliberal.  E não podemos esquecer que o Paraguai é o responsável pelo congelamento do ingresso da Venezuela no Mercosul, ingresso que não interessa a Washington e que interessa ao Brasil, especialmente aos estados brasileiros que têm aprofundado o comércio com os venezuelanos, no Norte e no Nordeste . Najib Amado (Secretário-geral do Partido Co

Garantir a continuidade do ciclo progressista

Enviei a todos os membros do COMITÊ MUNICIPAL de Campinas um texto para que pudessemos coletivamente PENSAR se uma coligação em Campinas com os setores conservadores representados pelo PSDB/DEM/PPS, garantiria ao PCdoB crescimento e a implantação de políticas progressistas, na linha daquelas que o PCdoB defende. Eu não acredito nesse movimento e defendo a CANDIDATURA PRÓPRIA em Campinas ou a coligação do o PT, por uma questão de coerência.  Não podemos ser, como alguns partidos, “base” do PSDB em São Paulo e “base” do PT em Brasilia. Esse pragmatismo cego nega a história do PCdoB. É isso que eu penso e é isso que vou defender.    1.        “ Garantir a continuidade do ciclo progressista, aberto em 2002 no Brasil, promovendo o aprofundamento das mudanças ” Ademais, há um documento firmado pelo Comitê Estadual do PCdoB de SP, datado de 11 de fevereiro de 2012 denominado “ PCdoB-SP 2012: Eleger prefeitos e dobrar a bancada de vereadores ” que merece ser relido

Pés, pó e pedras

Compartilho com vocês o blog PÉS, PÓ e PEDRAS ( http://pespoepedras.blogspot.com.br/ ) o conteúdo é generoso, espiritualizado e de elevada reflexão pessoal. O post "O fluir da vida"  ( http://pespoepedras.blogspot.com.br/2012/06/o-fluir-da-vida.html )  merece ser lido por todos que acreditam que "  "A MESMA ROCHA QUE BLOQUEIA O CAMINHO PODERÁ FUNCIONAR COMO UM DEGRAU." (O SHO).

essência

Buscar o sentido na existência, missão sem fim. Encontrar o sentido num sorriso achar enfim essência. Compreender a lágrima, criadora de recomeços, sorrisos como sentido existência como isso tudo: transcendência.

Beau-père (A filha de minha mulher)

Assisti esse filme quando eu tinha 17 anos, assisti apenas uma vez e nunca me esqueci dele. Procurei o VHS e depois o DVD para comprar, finalmente encontrei e encomendei o dito cujo ... Segue a ficha técnica. Depois que eu assisti-lo novamente completo o post. PRÊMIOS Vencedor do prêmio da Sociedade de Críticos de Boston para Melhor Filme de Língua Estrangeira. Indicado à Palma de Ouro em Cannes. Indicado ao César de Melhor Ator.   FICHA TÉCNICA Diretor:  Bertrand Blier ( http://en.wikipedia.org/wiki/Bertrand_Blier )  Elenco:  Ariel Besse ( http://fr.wikipedia.org/wiki/Ariel_Besse ) , Patrick Dewaere ( http://en.wikipedia.org/wiki/Patrick_Dewaere ) Duração:  123 min. Ano:  1981 País:  França Gênero:  Não Definido Cor:  Colorido Distribuidora:  Não definida

Joyeux Noël ou Arte, diálogo e futebol

O filme merece ser nota. Assisti ontem... Não é, sob o ponto de vista estético nada de mais, mas nos remete à reflexão, sempre válida, da absoluta estupidez que representa a guerra. Qualquer guerra. Sou contra qualquer forma de violência. Motivados pela musica e pelo bom sendo escoceses, alemães e franceses tem uma noite de natal humana e mágica, enterram seus mortos e jogam futebol. Olhem só... Arte, diálogo e futebol devolvendo humanidade numa trincheira da 1a. guerra mundial.

Medurat Hashevet

Assisti também esse A FOGUEIRA do diretor e roteirista israelense Joseph Cedar.   Gostei, mas "nem tanto". A história de "Fogueira" se passa durante os primeiros dias do movimento de assentamentos israelense. Mas o filme, que foi exibido no Festival Internacional de Cinema de Palm Springs, é, acima de tudo, um retrato afetuoso de uma jovem viúva e de suas filhas adolescentes. Na Jerusalém de 1981, Rachel (Michaela Eshet), viúva há um ano, está inclinada a aceitar as propostas de encontros feitas por Shula (Edith Teperson), cujo marido (Assi Dayan) está organizando o grupo fundador para um assentamento judaico. O primeiro encontro de Rachel é com um homem gentil, o cinquentão Yossi (em uma brilhante interpretação de Moshe Ivgy, um dos principais atores de Israel). Eles são perfeitos um para o outro, mas não se dão conta disso a principio. Enquanto isso, Rachel tenta fazer parte do grupo religioso que prepara o assentamento. Sendo uma mulher solteira e

Not one less

Acabei de assistir " Nenhum a Menos" . Lindo! Vencedor do festival de Veneza de 99,  Nenhum a Menos , de Zhang Yimou é um retrato quase documental situação da classe de estudantes rurais na China, o filme é de 1999. Com uma câmera discreta, e muitas vezes escondida, o diretor registrou o ensino em uma escola rural no interior do país.  Com atores amadores, e grande parte deles ainda crianças, o que se vê é uma verdadeira aula de direção ao retratar a evasão escolar justificada pela pobreza.  Tudo começa quando o professor da escola tira uma licença para cuidar de sua mãe. Em seu lugar, a prefeitura coloca uma garota de apenas 13 anos, Wei (Wei Minzhi). Ela terá que morar na própria escola durante um mês, junto com alguns dos 28 alunos, até que o professor retorne. Sua missão é garantir que nenhum deles abandone a escola.  Wei faz a chamada a cada novo dia e depois passa para os alunos os deveres de cópias das lições escritas no quadro negro. Sem se preocupar muito

15 ans et demi

Esse filme é muito legal.  Comédia francesa "15 anos e meio" focaliza o conflito entre pais e jovens. O longo foi escrito e dirigido por François Desagnat e Thomas Sorriaux. A história é sobre um pai ausente que se vê obrigado a cuidar da filha adolescente. Ele se surpreende quando descobre que não é o herói de sua filha. O "pai ausente" é o ator Daniel Auteuil, que já vi em outros filmes e acho ele ótimo. O filme foi escrito e dirigida pelos amigos François Desagnat e Thomas Sorriaux, que tem bons filmes de baixo orçamento segundo li num site. A história em si não tem não é nova...  Pai ausente (Auteuil) vê-se obrigado a cuidar da filha, agora adolescente, gerando situações que oscilam entre o drama e o humor.  O protagonista é Philippe Le Tallec, um cientista francês, radicado há 15 anos nos EUA. Ele deve voltar ao seu país para "vigiar" Églantine (Juliette Lamboley), sua filha de 15 anos e meio (daí o título), enquanto a mãe faz uma viagem.

"as coisas simples da vida"

Assisti ontem à noite "As coisas simples da vida" é um filme de Edward Yang. Ganhou Cannes (Melhor Diretor), foi eleito o melhor filme pela Associação de Críticos de New York. O filme tem diálogos inteligentes, é delicado e, a partir de coisas simples que podem acontecer conosco a qualquer momento, nos permite refletir sobre as relações familiares, sociais, profissionais e o "eu" nesse emaranhado de relações e expectativas. Vale a pena.

Feliz aniversário Caio!

            O silêncio é audível quando do coração  transbordam, com força,  o amor   são necessárias as palavras?  sim e não...  a força delas está na verdade  e o significado nas ações que eles traduzem

afeto possível

Não sei porque as pessoas não escrevem mais umas para as outras, não esses emails e mensagens apenas... As pessoas não se visitam mais e, de uma maneira geral, vivem suas vidas de forma diferente daquela que eu imaginei. A manifestação do afeto é coisa rara. Acredito que somente é possível nos conhecermos em confronto com o outro (mesmo que esse confronto tenha inicio numa divergência). Acredito que a nossa vida só tem sentido em razão do exercício possível e válido do afeto gratuito pelo outro. Mas quem se importa com o que eu acredito?

"Você acredita na inocencia de Zé Dirceu?"

Sim. Acredito. Acredito e desejo. Essa pergunta me foi feita por um colega advogado, um pouco mais velho e experiente que eu, a quem respeito e admiro pela cortesia e urbanidade no trato com todos os demais colegas de profissão, serventuários e quero crer no trato com juízes e promotores. A principio respondi que desejo que Zé Dirceu seja inocente. Contu do, depois de ter contato com o conjunto das acusações e provas encartadas aos autos do processo e em razão dos fatos novos que revelaram que o “mensalão” é criação artificial do DEM, com ajuda de bandidos (os quais tinham livre acesso a Senadores, Deputados e Governadores) e depois vendido, sob encomenda ou não, à imprensa militante e representante dos setores mais conservadores do país, posso responder que acredito que Zé Dirceu seja inocente. Por quê? Porque Zé Dirceu é um dos heróis da geração de 68 e os heróis lideram. O jovem Zé Dirceu é herói porque estava disposto, na luta pela democracia e por seus ideais, a da