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Mostrando postagens de setembro, 2011

crise e desenvolvimento

Ao contrário do que se imaginou a grande crise do capitalismo iniciada em 2007/2008 continua pautando a econômica, as finanças públicas e privadas, com reflexos na esfera social e política do mundo todo. A questão é: o que fazer? Antes de tentar responder a questão vamos recuperar um pouco os fatos. A falência do banco de investimentos Lehman Brothers é o símbolo do fracasso desse sistema econômico e a partir dele teve inicio uma quebradeira geral, cujo ápice foi em 2009. Faliram grandes bancos, seguradoras e, também, grandes empresas do setor produtivo por conta das operações especulativas da moda, os derivativos. Tudo decorrente da regra-mor do neoliberalismo: a tal desregulamentação e liberalização dos mercados. De lá para cá os governos dos Estados do centro capitalista optaram por injetar trilhões de dólares de dinheiro público para socorrer e salvar grandes monopólios e o sistema financeiro privado. Isso é ético? Creio que não, mas falemos desse viés depois... Esse é o, a cri

Timóteo

Estou realmente exausto... Acho que “combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.”(Timóteo 4:7 ), mas há momentos em que à frente só vemos o caos...

aprendendo com a história...

O Deputado Federal Osmar Junior do PCdoB do Piauí, que é líder da bancada comunista na Câmara dos Deputados, escreveu um artigo interessante sobre a reforma política. Esse artigo foi publicado na revista PRINCIPIOS e na conclusão ele afirma que “A ação partidária está sempre sujeita a contingências que determinam a necessidade de alianças para atingir objetivos de cada força política. (...). A História tem nos ensinado que todos os movimentos vitoriosos resultaram sempre de uma coalizão de forças políticas.”. A conclusão do Deputado me levou a refletir sobre as “certezas” que alguns grupos políticos têm, certezas que obstam instrumentos e práticas de entendimento, certezas impedem que forças políticas se unam, juntem forças para atingir objetivos maiores, objetivos que não se atinge isoladamente. A certeza desses, acerca da sua capacidade plenipotenciária, é triste e trágica. Campinas parece ter sobrevivido à tempestade política causada pelas medidas, necessárias, tomadas pelo Mini

CORRUPÇÃO, REFORMA POLITICA e CONTROLE SOCIAL.

A Presidenta Dilma Rousseff tem enfrentado com competência as denuncias de corrupção envolvendo personalidades importantes que compõe o seu governo. Aliás, desde o seu primeiro pronunciamento ela afirmou que não toleraria o que chamou de “malfeito”. Mas parte da mídia insiste em passar a impressão, negativa, de que a corrupção é uma característica do atual grupo político que esta no poder, quando sabe-se que a corrupção é um fenômeno político. Essa correta advertência é feita pelo Professor e cientista político Francisco Fonseca. Ele diz que a forma de veicular noticias contém um viés ideológico, assim como a forma de interpretá-las e, tanto a veiculação quanto a interpretação tendenciosas contribui “para estigmatizar grupos políticos – (...), o que é um claro atentado à democracia.” . Concordo com o professor Fonseca quando ele afirma que uma parcela importante da mídia é responsável pela manutenção de um mito que ele chama de “o caráter (i)moral de grupos específicos que alçam a

Mas você é comunista mesmo?

Esse artigo escrevo para responder à questão que meu querido amigo Biléo Soares, dentre outros, fez e faz de maneira recorrente. Biléo é hoje vereador em Campinas, mas antes é personalidade das mais admiradas e admiráveis, um ser humano impar que a vida e a sorte -força divina reguladora dos acasos - me presentearam à convivência afetiva válida e eterna. A questão formulada pelo amigo é a seguinte: “ Mas você, nosso querido Pedrinho PT, está fazendo o que no PCdoB? Você é comunista mesmo?”. Muitos amigos, especialmente aqueles com quem convivi nos anos de movimento estudantil secundarista e na universidade ainda me vêem como “petista”, e muitos ainda lembram-se do apelido conquistado na faculdade “ Pedrinho PT ”. Fui ligado e depois filiado ao PT de 1980 a 1991 e depois retornei em 2002 e lá permaneci até 2006, mas nunca tive oportunidade de participar da direção partidária, experiência que adquiri no PSB onde fui membro das executivas municipal e estadual e do Diretório Nacional, uma

combate à corrupção e a agenda real de desenvolvimento.

O combate à corrupção vem sendo apresentado pela mídia e pela oposição como sendo a principal ou única agenda nacional, em torno da qual o Governo Federal deveria e seria obrigado a mover-se, quase que exclusivamente. Será que é isso mesmo? Será que o combate à corrupção é a principal ação dos governos? Mas e o combate á miséria? O permanente combate à inflação? Os cuidados com a política macroeconômica? Os necessários investimentos em infra-estrutura? E as políticas públicas no campo da educação, da saúde e da cultura? Penso que o combate à corrupção é necessário, mas não é uma agenda propriamente dita, não se deve suspender os programas e projetos de Estado ou de governo por conta disso, pois ele deve estar contido nas ações cidadãs, nas ações de Estado e de todas as estruturas e instituições publicas e privadas do país. Vamos refletir sobre isso. Com a vitória de Lula em 2002 houve uma significativa mudança na agenda do Estado brasileiro, foi colocado no centro de todas as ações o

sobre lembranças

Há um samba belíssimo chamado "Rancho das Namoradas", musica de Ary Barroso e letra de Vinicius de Morais. É uma das minhas musicas favoritas desde sempre... Meu avô comprava semanalmente  fascículos da Abril e num deles a canção é interpretada por Edu Lobo.  Penso que a lembrança dos amores que "vieram mais não eram o amor que se espera, o amor primavera" é uma coisa boa, afinal a nossa vida e nossa historia sao fragmentos do que somos. Mas buscar reencontra-los e imaginar o que "poderia ter sido", esquecendo o quão bom é o que veio depois não é. http://youtu.be/JlzLVh-8Zjw

Texto, contexto e pretexto

Política, nos ensina o Professor Francisco de Oliveira citando Jacques Rancière, pode ser entendida como “a reclamação da parte dos que não tem parte e, por isso, se constitui em dissenso.”, noutras palavras os que “fazem política” distingue-se por pautar os movimentos do outro, do adversário, por impor-lhes, minimamente, uma agenda de questões, sobre as quais e em torno das quais se desenrola o conflito. Enquanto a Presidenta Dilma Rousseff propõe uma agenda positiva ou afirmativa, que é a bandeira e a obsessão pelo desenvolvimento e pela elevação da qualidade de vida dos brasileiros a oposição e parcela da mídia tentar impor outra agenda, qual seja o combate à corrupção. Não há contradição entre estes dois objetivos, ao contrário da insistência ardilosa da oposição que, no parlamento e na mídia, quer impor um roteiro político economicamente conservador e recessivo, oculto pela retórica frágil representada pela tal “faxina” contra a corrupção. Ou seja, o “texto” do combate à cor

A liminar do Demétrio deve ser mantida...

Escrevo esse artigo antes da decisão da Desembargadora Maria Cristina Cotrofe Biasi da 8ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo.   Toda imprensa noticiou que o Presidente da Câmara Municipal de Campinas apresentou ontem no Tribunal de Justiça de São Paulo um recurso denominado agravo de instrumento com objetivo de suspender a liminar concedida pelo Juiz da 1ª. Vara da Fazenda de Campinas que cancelou a Comissão Processante e manteve Demétrio Vilagra (PT) à frente do Poder Executivo. A liminar concedida acolheu o argumento invocado pelo Prefeito Demétrio Vilagra no sentido de que a Comissão Processante somente pode ser instaurada para apurar eventuais infrações praticadas no exercício do cargo de Prefeito, porque a maior parte das condutas elencadas no artigo 4º do Decreto-lei 201/1967 somente pode ser praticada por aquele que está exercendo o cargo de Prefeito Municipal e o ilícito a ele imputado pelo Ministério Público, em sendo comprovado, ocorreu antes de